" À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo."

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

- "Se não fosses parva, o que é que querias ser? Um carro eléctrico?"

Não!!! Só o trabalho de carregar a bateria de 100 em 100 km.
Último dia de férias: amanhã regresso ao quente da minha faculdade, ao efeito de estufa que por lá se faz sentir e à leitura de todos os jornais grátis que por aí andam, logo pela manhã. Regresso também ao estudo, claro.
Desde o 9º ano que prometo a mim mesma que no próximo período vou estudar todos os dias. Já estou mesmo a ver o que vai acontecer amanhã, vou chegar a casa às nove da noite e tudo o que me vai apetecer fazer é agarrar nos livros.
Por estes lados festeja-se o facto de não ter postos os meus olhos em cima do Ryan Gosling a noite toda. Espero, muito sinceramente, que já tenha recuperado daquela calvice acentuada em Blue Valentine.

And the Oscar goes to...

Fica uma pessoa acordada até ás cinco da manhã para ver os óscares e não há surpresas, só desilusões. Primeiro, um James Franco muito fraquinho, sem grande piada. Depois, os números musicais: se tivessem posto o Garrett Hedlund a cantar em vez da Gwyneth, a noite teria sido muito mais interessante. Por último, o filme The King's Speech arrecadou os três óscares mais importantes. Eu estava a torcer para que isso acontecesse mas sempre pensei que houvesse uma surpresa.
Por muito que me custe admitir, a melhor parte da noite foi o remix com as cenas de Harry Potter, Toy Story 3, The Social Network e Twilight. Ah e a f-bomb da Melissa Leo.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

"Todas as aldeias têm uma.

A boa samaritana local. A intrometida. Aquela a quem toda a gente recorre quando precisa de informação. A Eleanor Vine é a de Malbry: uma bajuladora venenosa que actualmente faz parte do triunvirato tóxico que constitui a comitiva da minha mãe. Suponho que devia sentir-me privilegiado. Mrs. Vine raramente sai de casa, observando o mundo através de cortinas de tule, dignando-se ocasionalmente a acolher os outros no seu imaculado santuário de bolachas, chá e virulência. Tem uma sobrinha chamada Terri, que frequenta o meu curso de terapia pela escrita. Mrs. Vine pensa que eu e a Terri formaríamos um casal encantador. Eu acho que Mrs. Vine daria um cadáver ainda mais encantador."

O Rapaz de Olhos Azuis, Joanne Harris

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ainda está para vir o dia em que eu vista umas collants e não apareça uma malha ou mesmo o belo do rasgão de cima a baixo.

Perfil literário

"O estilo da Joana tem um pouco de Agatha Christie no seu estilo, mesclado com um pouco de Joanne Harris e José Luís Peixoto."

Adivinhem quem vai comprar os livros da Joanne Harris todinhos só para comprovar as parecenças...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Naquela altura em que todas as meninas queriam ter o primeiro namorado, eu queria era ter boas notas e ler o maior número de vezes possível a saga Harry Potter. Queria deixar crescer a franja, ver todos os dias os Morangos Com Açúcar e continuar sem borbulhas. Nos primeiros anos da puberdade, este plano de vida infalível resultou. O pior foi mesmo a entrada nos catorze anos. Já sem franja, mas ainda com a tara do Harry Potter e dos Morangos Com Açúcar, as hormonas revolveram-se, mostrando-me que há mais na vida para além das boas notas.
Todos os dias era uma paixão diferente. O rapaz mais giro da escola num dia, o rapaz que sabia desenhar no outro, até mesmo os gordinhos, faziam-me sorrir cada vez que ia para a escola. Aí comecei a desenvolver a arte do atribuir defeitos e qualidades que me faziam sempre ficar arrebatada pelo primeiro (quem é que não ficou?).
No secundário, a conversa já era outra: havia demasiados rapazes bonitos para escolher. Então houve necessidade de observar com rigor os defeitos e qualidades dos ditos cujos. E assim descobri a tara que tenho, já não pelos Morangos Com Açúcar, mas sim por narizes. Para mim é crucial que um rapaz tenha o nariz bonito. Nada de altos e protuberâncias, nada de pontas abatatadas. Também não convém ser muito empinado. Bonito e elegante, ponto. Não consigo definir melhor mas se vir um sei identificá-lo perfeitamente. São raras as pessoas que me compreendem nesta minha jornada pelo nariz mais bonito.
É claro que se o resto da embalagem chamar a atenção, se existirem sardas à mistura e o rapaz for ruivo, eu já me dou por contente.

Talento?

Será que sou só eu que acho que o novo programa da SIC provoca pesadelos? É que, sinceramente, não sei como é que vou dormir hoje depois de ter visto aquela criatura a dançar Lady Gaga vestida de uma maneira perturbadora.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

31 de Janeiro de 2011 - A primeira actuação com a tuna da minha faculdade.