" À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo."

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Ando pior que as criancinhas no que toca ao Natal.

Por volta dos meus catorze/quinze anos, passei a odiar o Natal. Fazia-me confusão toda aquela celebração à volta de uma árvore, o rasgar do papel de embrulho, o sorriso na cara das crianças, até mesmo o Pai Natal e a Leopoldina me deixavam deprimidas.Desconfio que a revolta que sentia se devesse ao facto de a minha família estar de costas voltadas e por ser eu um dos motivos dessa infernal zanga, que parecia nunca mais acabar. Ainda não acabou, mas eu aprendi com o tempo que não me podia estar a culpar quando o que fiz foi apenas o pormenor que menos interessa em toda a história.
Agora que cresci, volto a gostar do Natal, do rasgar do papel de embrulho e do sorriso na cara das crianças, em especial na cara do meu irmão. Adoro vê-lo a desembrulhar os presentes sempre à espera de receber um novo jogo para a nintendo. É fantástico ver o brilho dos seus lindos olhos verdes. Só que este ano, são os meus olhos que vão brilhar. Ao que parece, vou receber uma prenda-surpresa, o que tal nunca aconteceu (tirando a minha primeira bicicleta). Já ando a vasculhar todos os cantos da casa à procura de algum embrulho escondido a dizer 'Para: Joana', ao mesmo tempo que conto os dias que faltam para a consoada (já só faltam 11 dias!). Pareço uma criancinha irritante; só falta mesmo bombardear os meus pais a pedir pistas.
Como tal, ando com um sorriso insuportável na cara, esqueci todos os meus problemas coloridos (pura e simplesmente, mandei-os passear) e já me estou a preparar para as férias, enrolada numa manta.

Sem comentários:

Enviar um comentário