A minha turma está dividida em dois turnos. Uns, como eu, têm Física e Química (aqueles que não têm vida social) e outros têm Biologia e Química, que era onde eu devia estar, mas enfim... Enquanto estamos a ter aula prática de Química, o resto da turma está a ter aula prática de Biologia com uma professora que é a assim a pior coisinha que existe à face da Terra (e para ajudar à festa é a nossa directora de turma, que só por acaso, não tem aulas com metade da turma). Não é que seja má, exigente, agressiva e refilona. Não, nada disso. Segundo dizem (eu não faço ideia, só estive com ela na apresentação em Setembro), é incompetente. Ao que parece não sabe corrigir testes. Só a V. teve três classificações no teste, primeiro tinha lá um dezassete, que passou a doze e que passou a catorze. Ao G., esse génio que vai para medicina e ainda não pegou num livro desde que a escola começou, faltavam-lhe umas nove décimas. E por aí fora.
Mas para além de ser incompetente, não tem semelhança nenhuma com a nossa professora de Química, a diversão em pessoa. Tudo bem que de cada vez que olho para ela só me lembro da Minerva McGonagall, mas isso não implica que seja uma bruxa.
Hoje, os meus brilhantes colegas de Biologia tiveram a triste ideia de pedir à stora de Química para fingir que nós, gente da Física, tínhamos saído mais cedo. Então não é que, quando faltava meia hora para sair, a McGonagall manda três alunos colocarem a mala às costas e irem dar uma voltinha passando pela sala do pessoal de Biologia. Entre os três alunos estava, nada mais nada menos, a minha pessoa, porque pelos vistos quando olham para mim, veêm uma pessoa responsável e certinha, que não faz mal a uma mosca.
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