Esta juventude está perdida.

Elas (alunas do 10º ano, parvas como tudo, com a mania que são boas);

Nós (alunas do 12º ano, nada parvas e verdadeiramente boas*).

Elas - Têm um isqueiro?

Nós - Não.

Chegam dois amigos nossos...

Elas - E vocês? Têm um isqueiro?

Eles - Não.

Elas - Opá, mas ninguém fuma nesta escola?

Nós (fui mais eu - a mázona!) - NÃO! (um não agressivo como tudo)

Elas (a falarem umas com as outras) - Não vês que agora está na moda não fumar?

Elas - Pois deve ser. Então eu estou muito fora de moda. Tenho me actualizar ali com aquelas raparigas.

Estas miúdas com uma necessidade de se integrarem no grupinho dos populares (e burros, que comandam a associação de estudantes (praticamente inexistente) lá da escola) deixam-me transtornada. Qual é a necessidade de serem ovelhas e de andarem juntamente com o rebanho? Esta mania de que para sermos aceites e bem vistos temos que andar todos vestidos de igual e fazermos a porcaria que os outros fazem, dá cabo de mim. E não, não tenho frustração acumulada nem sou posta de parte pelos populares (até os conheço mas recuso-me a passar da fase dos olás), apenas  me custa a compreender certas coisas. Ou então sou eu que tenho a mania de ser diferente, de não gostar de modas e de andar em rebanho.

* a ironia é o meu ponto forte.