" À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo."

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Se eu não tivesse que sair de casa, não era tão revoltada com o mundo.

Hoje tive um daqueles dias em que só em apetecia ser uma avestruz. Enfiava a cabeça num buraco e não saía de lá tão cedo. Para minha alegria e felicidade, deixei cair um caderno no meio do chão e fiquei a assistir a um corropio de folhas por todo o lado - a esta hora deve andar um teste meu de matemática a voar pela escola (também não se perde nada) - , num jogo de voleibol, tudo o que eram bolas a voar, vinham na minha direcção, parti o ecrã do meu telemóvel (é nestas alturas que eu me sinto contente por ainda não ter aderido ao belo do touchscreen), deixei cair 10 cêntimos num caixote do lixo (perdoem-me, mas eu sou tipo Patinhas) e mandei com o saco de educação física no braço de uma miúda; o que vale é que ela já foi da minha turma e até aceitou o meu pedido de desculpas, porque se fosse uma daquelas pindéricas jagozas aka venho-da-ericeira-e-sou-muito-boa, que têm por hábito mandar logo uma asneirada quando lhes tocam com um cabelo, quanto mais com um saco, a coisa tinha dado para o torto.

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