E o exame de português já está feito. Foi uma semana de trabalho árduo, a bater com a cabeça nas paredes e na Mensagem de Fernando Pessoa. Toda a criatura pensava que ia sair essa grande obra de vómito, ah peço perdão, da literatura portuguesa (não é que não goste, mas esta última semana foi demais para mim) e eu sempre disse que não, que não se pusessem a estudar só isso porque não ia dar resultado. Mal me entregam o enunciado, vejo Os Lusíadas e só me apetece gritar de felicidade (fiquemos só pelo apetite porque não pode haver barulho em dia de exames, tirando os gajos das obras na escola com picaretas. Mas isso é tranquilo.). O exame correu bem, penso, mas eu nunca consigo tirar conclusões a português. Se a coisa correr bem, subo para dezanove, se der para o torto, o treze está garantido. E quero lá saber que seja a minha prova de ingresso.