Segunda, dia 19 de Julho, meio-dia: os alunos, acabados de enfrentar a prova mais dura das suas vidas (nem por isso), gritam de euforia com a chegada tardia das férias de verão e nem o tempo chuvoso e cinzento os pára. Pegam na toalha, no protector solar (os mais branquinhos), no óleo bronzeador (os menos cuidadosos), calçam os chinelos e dirigem-se para a praia.
Segunda, dia 19 de Julho, meio-dia: Joana, depois de enfrentar duas horas e meia de pura tortura, olha em volta e apercebe-se que é a penúltima vez que vê aquela escola. Guarda algumas memórias mas não sente vontade de ficar. Quer seguir em frente e enfrentar um mundo novo. Em conversa com o pai ao telefone, diz que não tem nada para fazer e desata a rir descontroladamente. Um riso de alívio e de uma imensa alegria. Vai voltar a poder agarrar num livro, desfolhá-lo como se não houvesse amanhã e devorá-lo dessa mesma forma. Chegada a casa, esquece o almoço por breves segundos e dirige-se à prateleira onde os livros se foram acumulando ao longo dos tempos. Escolhe um, almoça e depois dirige-se muito calmamente até ao sofá. Deita-se daquela forma que o pai odeia porque faz mal às costas e porque estraga os "braços" do sofá, mas não quer saber. Afinal, não está ninguém em casa. Pega no livro e lê, lê, lê como se não houvesse amanhã, lê como se o mundo fosse acabar já, lê como se estivesse a chegar o 21 de Dezembro de 2012. Acaba o livro em duas horas e fica a olhar para o tecto. Nunca soube tão bem estar de férias.
a book a day keeps the doctor away!
ResponderEliminarDevorar livros é o que mais tenho feito nestas férias. Sabe mesmo bem ;)
ResponderEliminarBig Kisses